sexta-feira, 26 de julho de 2013

Brasileira que almoçou com o Papa achou que convite fosse piada


Jovem de 22 anos foi uma dos 12 que almoçaram com Francisco.
‘Foi a maior experiência da minha vida’, disse a moradora de Niterói.




Uma das 12 jovens que almoçaram com oPapa Francisco e tiveram oportunidade de fazer perguntas a ele nesta sexta-feira (26), a historiadora brasileira Alina Ranny, de 22 anos, achou que o convite fosse uma piada quando soube da possibilidade pela primeira vez. Natural de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, apenas ela e outro brasileiro participaram do encontro durante a Jornada Mundial da Juventude, além de outros 10 estrangeiros. “Foi a maior experiência da minha vida”, contou nesta tarde.
“Primeiro eu achei que fosse mentira, achei muito engraçado, uma piada muito boa. Depois quando eu vi que era verdade, eu me senti completamente surpresa com o carinho e o amor de Deus, a gente serve, trabalha como voluntário, mas não deve se achar digno de uma graça dessas”, explicou a jovem.
Após o almoço, ela ainda se mostrava chocada com o encontro. “Até agora ainda estou digerindo o que de fato aconteceu. Na minha mente e no meu coração eu ainda não realizei o que aconteceu. Eu acordei normalmente, fui para o local de catequese onde eu trabalho na jornada, como se realmente não fosse verdade, eu não estava acreditando, mas aconteceu”, explicou. “Chorei muito no começo, na oração final, quando ele rezou conosco a Ave Maria e nos enviou como missionários, no momento em que esteve mais próximo”, contou.
“Foi a maior experiência da minha vida, de contato com a verdadeira palavra de Deus, experiência profunda com Deus, experiência com o Espirito Santo, tudo que o Santo Padre nos disse ali tocou muito no meu coração, eu senti o carinho, o amor de Deus, como se Deus estivesse nos abraçando, nos tomando pela mão”, relatou a jovem.
Saiu do trabalho
Alina é formada em história e trabalhava em uma empresa até pouco antes do início da JMJ – ela deixou o trabalho para ser voluntária no evento. “Quando acabar vou procurar o que a Igreja tem de trabalho para mim”, afirmou. “Estou esperando o que Deus vai colocar no meu coração.”
Durante o almoço, Alina contou que o Papa agradeceu a hospitalidade dos brasileiros, e foi muito humilde com as pessoas que o serviam. “Ele esteve o tempo todo agradecendo, preocupado com as pessoas q eu estavam ali trabalhando para ele”, contou.
O encontro contou com 12 jovens – dois de cada continente, com exceção da África, e dois do Brasil. Havia jovens da Nova Zelândia, Austrália, Portugal, França, México, EUA, Sri Lanka, Rússia, Argentina e Colômbia.
Grande oportunidade
Durante o encontro com os jovens, o Papa pediu que eles refletissem sobre a oportunidade de estar ali, enquanto outros jovens no mundo estão morrendo pela violência e pela fome. O questionamento foi, para a jovem brasileira, uma resposta àquilo que ela vinha perguntando a  Deus. “Eu perguntava ‘como eu posso retribuir ao Senhor por essa graça, porque eu não sou merecedora disso, ninguém é, de almoçar com o Santo Padre, doce Cristo na Terra’. Então, quando o Santo Padre disse isso para a gente, foi um conforto na minha alma, de pensar que de fato não somos merecedores, não somos dignos”, explica.
“Desde o momento que eu soube que ia ter essa oportunidade, eu comecei a rezar para Deus a orar muito para Deus e pedir para que Deus somente me utilizasse como um instrumento a partir disso, um instrumento de evangelização, de conversão, que nada desse almoço fique somente para mim, mas que Deus cresça em mim para que eu possa multiplicar.”
Alina teve a oportunidade de fazer uma pergunta ao Papa. “Perguntei sobre vocação, serviço, como servir a Deus, como servir à Igreja, como ser mais e mais pelos outros, e a resposta dele foi baseada no serviço ao irmão, na caridade, na dedicação ao próximo, no amor mútuo, na construção de uma cultura da paz, de caridade entre os irmãos, entre os jovens.”
Como experiência do encontro, a jovem leva a confirmação, para ela, da presença e do amor de Deus através do Papa. “O que mais me marcou é a confirmação de Deus através desse momento, onde estamos ali sem sermos dignos, sem merecermos, de que Deus mesmo assim vem até nós, isso nos demonstra que nos ama, através desses momentos.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário